e o Portal Sebrae
Estimular a arte como um instrumento de representação da diversidade e de impacto social. Esta foi a motivação para as jovens empreendedoras Gabriela Isabel Júlio e Keity Ellen Costa fundarem a Freedom Move Escola de Arte, no município de Nova Era, região do Vale do Aço. Professora de dança em outras escolas, Gabriela sonhava em criar um espaço acolhedor, no qual as pessoas se sentissem livres para expressar a criatividade e os sentimentos, por meio da arte.
Há cerca de um ano, ela e a companheira Keity perceberam a oportunidade de prosperar neste mercado. O primeiro desafio foi encontrar um local para a instalação da escola. “Ficamos mais de dois meses aguardando a liberação de uma sala, que estava desocupada. Cumprimos os protocolos e entregamos toda a documentação solicitada. No entanto, durante toda a negociação, fomos tratadas com indiferença. Por fim, encontramos outro local e, hoje, percebemos que foi a melhor escolha”, explica Gabriela Júlio.
Juntas há cinco anos, as jovens estão noivas e contam que a relação baseada no amor, respeito e companheirismo se fortaleceu no empreendedorismo. Enquanto Gabriela elaborava a curadoria artística da escola, Keity, formada em Gestão Pública e Direito, cuidou da parte jurídica e istrativa do negócio. “Além do medo do fracasso, comum entre empreendedores de primeira viagem, me sentia insegura em relação ao preconceito racial e homofobia. No entanto, a Kate, primeira pessoa a acreditar nesse sonho, me tranquilizou e embarcou nele comigo”, conta a empreendedora, que está no último período da graduação em Dança.
Preparação e crescimento
Hoje, a escola Freedom Move atende cerca de 70 alunos, entre crianças a partir de dois anos de idade e adultos, oferecendo aulas de ballet, jazz, ginástica rítmica, dança contemporânea e de salão. Para desenvolver o negócio, as sócias se inscreveram no programa Sebrae Delas em 2023. Por meio da iniciativa, participaram de consultorias de marketing, comunicação e finanças, além de encontros e eventos com foco em desenvolvimento pessoal e comportamental, que as conectaram com os desafios e experiências de outras empreendedoras.
“Percebi que a minha criatividade como artista, me ajudava a pensar em soluções para os problemas da empresa, enquanto o meu perfil empreendedor conferia mais organização e praticidade à rotina da sala de aula e ao desenvolvimento dos projetos”, conta Gabriela. A escola promove diversos eventos e mostras artísticas para envolver a comunidade nas ações, e valorizar o trabalho desenvolvido junto aos alunos.
Empatia impulsiona o sucesso
A forma de tratar as pessoas é apontada por Keity como um diferencial do negócio, que tem como papel social a valorização da diversidade. “Somos mulheres negras trabalhando juntas, em um empreendimento que reforça nossa identidade. Temos outras duas funcionárias também negras, e cada uma traz as suas ideias, energia e cuidado. Isso se reflete nos nossos alunos e no ambiente. Muitas alunas também são negras, algumas crianças, que nos olham e se sentem representadas. Na nossa região, um espaço como esse é muito raro”, diz Gabriela.
Segundo as sócias, a escola busca rear estes valores adotando uma filosofia de incentivo à autoestima e ao autocuidado, além de trabalhar comportamentos baseados no respeito e na empatia. “Queremos que as pessoas se sintam ouvidas e que se encontrem por meio da dança e do teatro. E, mais do que isso, que disseminem esta semente do respeito às diferenças”, complementa.
-
Assessoria de Imprensa Sebrae Minas – Regional Rio Doce e Vale do Aço
Fernanda Pereira – (31) 98250-1752
